Ambiente e energia “são apenas letra morta nas atividades poéticas do município”

Apesar de existir a atribuição do pelouro de proteção ambiental à vereação camarária não existe qualquer serviço com a responsabilidade de gerir estas atividades.

O ecocentro de Marinhais, apesar da ínfima atenção a que é relegado, deveria assumir as importantes funções de recolha, tratamento e envio para destino final dos resíduos banais provenientes da construção civil, monos e eletrodomésticos em fim de vida, terras provenientes de obras municipais e resíduos verdes da agricultura. Infelizmente, a verba definida neste orçamento para esta atividade ambiental é nula.

Quanto à Barragem de Magos, devido à pouca atenção do município, a sua valência como atracão turística e como espaço de fruição para os habitantes do concelho é malbaratada. As suas águas estão fortemente eutrofizadas e a autarquia cruza os braços na impotência de conseguir atuar. “No nosso entender a revitalização da barragem de Magos passa por duas estratégias complementares, a dinamização do espaço de forma a interessar os habitantes do concelho e os turistas na fruição do espaço e inverter a eutrofização da barragem, conforme proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda e recusada pela maioria”, considerou o vereador Luís Gomes.

No campo da poupança energética não se compreende que a autarquia ainda não tenha entendido que é tempo de começar a utilizar a bio massa para aquecimento das piscinas municipais e do parque escolar publico e assim poupar cerca de 50 mil euros por ano.

No que respeita ao Rio Tejo entende o BE que é obrigação da autarquia zelar pela preservação da qualidade das suas águas e lutar contra as fontes poluidoras que ultimamente a têm degradado. Segundo Luís Gomes “apesar de todos estarmos conscientes da importância do Rio Tejo, não existe qualquer atividade prevista para monitorizar a qualidade das suas águas no orçamento para 2019”.

No que se refere à importância da actividade turística no Tejo cita-se a iniciativa da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo que pretende a dinamização do turismo náutico. “Por iniciativa própria nada é referido pela maioria neste orçamento sobre a nossa vivência com o rio”.