Atentados ambientais continuam no Eco-Centro

“Lamentamos profundamente que após a gestão do Bloco de Esquerda ter adquirido um terreno para a criação do Eco-Centro de Marinhais, este executivo, passado 5 anos, nada tenha feito (…)”

Concordamos com os termos em que a DMUP da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos coloca à aprovação deste órgão a nota interpretativa sobre os procedimentos e o faseamento das obrigações decorrentes do decreto lei nº 73/2011 que estabelece o regime das operações de gestão dos resíduos de construção e de demolição (RCD) assim como os objectivos nela expressos.

No entanto, sublinhamos que o seco despacho produzido pela presidência, mostra bem que a condução política da autarquia não cuida da necessidade de potenciar as condições de operação dos agentes económicos do nosso concelho.

Reiteramos que o Eco-Centro de Marinhais, presentemente condenado ao maior abandono, deveria funcionar, entre outras finalidades altamente relevantes tais como a gestão de todos os resíduos banais e os resíduos verdes, como infra-estrutura de apoio na recepção e encaminhamento final dos resíduos de construção civil e, para esse fim ser devidamente equipado com as necessárias alterações funcionais, nomeadamente a sua vedação e instalação dum posto de recepção e de gestão para encaminhamento final deste tipo de resíduos, sempre que as quantidades produzidas não justifiquem o aluguer de contentores polibenne.

Lamentamos profundamente que após a gestão do Bloco de Esquerda ter adquirido um terreno para a criação do Eco-Centro de Marinhais, e assim permitir a recolha de todo o tipo de resíduos, a sua separação e reencaminhamento para reutilização/reciclagem de forma ordenada e respeitando as exigências legais e ambientais, este executivo, passado 5 anos,  nada tenha feito a não ser notificado pelo ministério do ambiente para possíveis coimas, se não acabasse com os atentados ambientais no terreno previsto para o Eco-Centro.