BE votou contra o orçamento para 2019

O orçamento proposto pela maioria socialista para o município de Salvaterra de Magos “recusou ouvir as propostas da oposição”.

O debate e aprovação do orçamento do município de Salvaterra de Magos, no que respeita ao cabimento das atividades mais relevantes e ao plano plurianual de investimentos para 2019, é tido num quadro favorável e num crescimento económico que se manifesta num processo de recuperação de salários, reformas, abonos de família, assim como um conjunto de garantias sociais resgatados a favor das populações e territórios, permitindo ao concelho maior alento.

Lamentamos que após uma conjuntura em que a esquerda provou que é possível governar contrariando a austeridade, o presidente de câmara aumenta impostos e continua a recusar as propostas do Bloco de Esquerda, nomeadamente na redução da taxa de IMI e uma maior devolução de IRS aos contribuintes, e assim reduzir o esforço fiscal e contribuir para a superação da austeridade aos munícipes do concelho.

O município têm nas suas mãos ferramentas que podem contribuir, como está a ser feito nacionalmente (através do acordo de incidência parlamentar - PS, BE, CDU), para minorar as dificuldades que ainda persistem nas famílias do nosso concelho, assim os vereadores do Bloco de Esquerda propuseram uma manutenção da taxa de IRS nos 4%, retida pela Câmara Municipal, o Partido Socialista aprovou o seu aumento, fixando-a em 5%. Propusemos o alívio da carga fiscal do IMI, devendo este tender progressivamente para a taxa mínima e assim contribuir para o alívio da carga fiscal do IMI. “O orçamento para 2019 do município de Salvaterra de Magos revela a ausência duma visão estratégica para reverter o estado de abandono do concelho. Trata-se do repositório casuístico de investimentos desgarrados e da repetição das atividades costumeiras, sem um plano condutor que integre qualquer lógica de definição de prioridades. Eventuais objetivos de satisfação de clientelas eleitorais não pode, nem deve, ser percebido como plano estratégico”, disse o vereador Luís Gomes.