Continuam os atentados ambientais em Salvaterra de Magos
O Bloco de Esquerda tem vindo a alertar para a forma como é gerido o Ecocentro de Marinhais e considera que aquele espaço deve estar devidamente vedado e vigiado. Naquele espaço são depositados plásticos, óleos, madeiras, pneus, sobrantes de corte e manutenção de jardins, entre outros, de forma anárquica e misturada conforme comprovam as fotografias recentemente tiradas no local. “A gestão adequada do Ecocentro de Marinhais poderia, desde que devidamente explorado, fazer diminuir os custos de encaminhamento para aterro sanitário, porque muitos resíduos podem ser valorizados ou enviados para destinos alternativos menos onerosos”, disse o vereador Luís Gomes.
Mas a resposta da maioria socialista e do presidente às exigências do Bloco de Esquerda foi que ao invés dos resíduos urbanos serem selecionados e encaminhados para devido tratamento, são eliminados por queima, sob responsabilidade da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, que faz a gestão do Ecocentro. Este facto levou a que o Ministério do Ambiente ordenasse ao município o fim imediato das queimas, deixando claro que procederia ao levantamento de autos sobre os atentados ambientais que o município é responsável e respetiva aplicação de coimas. A entidade governamental contraria as afirmações do presidente que em reunião de Câmara afirmava que não era ilegal a queima por si ordenada e por isso iria continuar a realizá-las. “Este exemplo é a prova como desrespeita o meio ambiente e a lei”, considera Luís Gomes. O Bloco de Esquerda quer saber se vai continuar a assistir aos inúmeros atentados ambientais no concelho ou se o presidente vai cumprir o prometido em reunião de Câmara, numa interpelação do BE, de legalização do espaço e cumprimento da lei. O BE sublinha que não existe vontade política nem qualquer verba prevista, novamente, em orçamento para 2019 que indique alguma intenção da maioria em cumprir as imposições do Ministério do Ambiente e da respetiva legislação ambiental.