Atentados ambientais continuam, no Ecocentro de Marinhais

Para o Bloco de Esquerda o Ecocentro de Marinhais deverá ser uma instalação vedada e vigiada onde é possível depositar de forma seletiva resíduos recicláveis, nomeadamente os de maior dimensão que não podem ser colocados nos ecopontos, que, posteriormente, são encaminhados para tratamento em empresas e entidades acreditadas para o efeito. Neste Ecocentro encontram-se depositados plásticos, óleos, madeiras, pneus, sobrantes de corte e manutenção de jardins, etc. de forma anárquica e misturada conforme comprovam as fotografias recentemente tiradas no local.

O Vereador Luís Gomes acusou o Presidente da autarquia de compactuar com este tipo de atentado ambiental:

Sr. Presidente, temos assistido nesta governação socialista e presidida por si a um total desrespeito por medidas que defenda o meio ambiente e um desenvolvimento sustentável no nosso concelho, como acabei de demonstrar com a praga de jacintos de água no rio Sorraia.

Mas podemos dar inúmeros exemplos de paralisia ambiental pela qual o Sr. Presidente é responsável. Entre elas está a total ausência de medidas na defensa intransigente do Rio Tejo e no combate à sua poluição, a poluição da Barragem de Magos e o seu total abandono como se comprova com a recusa de um conjunto de propostas do Bloco de Esquerda na sua revitalização, as diversas lixeiras existentes no concelho que só são limpas quando existe denúncias, as medidas apresentadas pelo Bloco de Esquerda e recusadas pela maioria no que concerne a uma politica de separação de lixos porta à porta e de compostagem, diga-se foi preciso a empresa intermunicipal Resitejo propor iniciativas neste sentido para o Sr. Presidente aderir, ou o caso do Eco Centro de Marinhais.

Permita que me centre somente no Eco Centro de Marinhais e reproduza o resumo de intervenções que o Bloco de Esquerda tem feito à diversos anos.

No nosso entender o ecocentro deverá ser uma instalação vedada e vigiada onde é possível depositar de forma seletiva resíduos recicláveis, nomeadamente os de maior dimensão que não podem ser colocados nos ecopontos, que, posteriormente, são encaminhados para tratamento em empresas e entidades acreditadas para o efeito. No Ecocentro de Marinhais encontram-se depositados plásticos, óleos, madeiras, pneus, sobrantes de corte e manutenção de jardins, etc. de forma anárquica e misturada conforme comprovam as fotografias recentemente tiradas no local.

A gestão adequada do ecocentro de Marinhais poderia, desde que devidamente explorado, fazer diminuir os custos de encaminhamento para aterro sanitário, porque muitos resíduos podem ser valorizados ou enviados para destinos alternativos menos onerosos.

A resposta da maioria socialista e do Sr. Presidente às exigências do Bloco de Esquerda foi, ao invés de os resíduos urbanos serem selecionados e encaminhados para devido tratamento, foi a eliminação por queima, sob responsabilidade da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos que faz a gestão do ecocentro, de resíduos diversos ali depositados, procurando-se, eventualmente, libertar espaço e evitar custos com os procedimentos de seleção e envio para reciclagem dos resíduos.

Estes factos levou o Ministério do Ambiente a ordenar o município de Salvaterra de Magos ao termino imediato das queimas deixando claro que procederia ao levantamento de autos sobre os atentados ambientais que o município é responsável e respetiva aplicação de coimas, contrariando evidentemente as afirmações do Sr. Presidente que em reunião de câmara afirmava que não era ilegal a queima por si ordenada e iria continuar a realizá-las. Este exemplo é a prova como desrespeita o meio ambiente e a lei.

Sr. Presidente, gostaríamos de saber se vamos continuar a assistir a estes diversos tipos de atentados ambientais no nosso concelho ou vai cumprir o prometido em reunião de câmara numa interpelação do Bloco de Esquerda de legalização deste espaço e cumprimento da lei? Pois constatamos que não existe vontade política nem qualquer verba prevista, que indique alguma intenção da maioria em cumprir as imposições do Ministério do Ambiente e da respetiva legislação ambiental. O problema agudiza-se e torna-se insustentável ambientalmente Sr. Presidente.

Sr. Presidente esta intervenção já foi feita anteriormente e continuaremos a repeti-la enquanto não existir respostas positivas e os terrenos do Eco Centro continuarem a ser uma lixeira a céu aberto.