Celebramos Portugal Livre e Democrático
O poder local livre e democrático foi uma das principais conquistas de Abril e tem contribuído, ao longo das últimas décadas, como poucos para o desenvolvimento do país.
O poder local democrático nascido de abril de 74 foi, é, e queremos que continue a ser, o alicerce da democracia em Portugal. Posso afirmá-lo com toda a convicção que foi graças aos homens e mulheres que assumiram as Câmaras, as Juntas de Freguesia, que o país pôde desenvolver-se e diminuir as assimetrias.
As autarquias estão na primeira linha de resposta em qualquer momento, mesmo nas alturas mais conturbadas. Respondendo às necessidades e expetativas das pessoas. Desenvolvendo políticas de proximidade. Criando condições para tornar o seu território mais competitivo. Desenvolvendo políticas de coesão. Promovendo sempre a justiça social e a igualdade de tratamento.
Durante muitos anos coube, principalmente às autarquias, serem os motores dos investimentos conducentes à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Hoje a realidade é outra e obriga as autarquias a comportarem-se sobretudo como geradoras de sinergias, através de pontes e de pontos de convergência entre munícipes, empresas e instituições de solidariedade social. Esta mudança de paradigma dita um comportamento e uma perceção completamente distintos por parte dos autarcas.
Segundo dados da OCDE, o poder local democrático em Portugal, e quando comparado com outros países, faz mais, com menos. Porque não lhe são transferidas as competências necessárias e porque o envelope financeiro não é suficiente para ir ao encontro das necessidades dos seus concidadãos.
É nas autarquias que a proximidade eleito/eleitor mais se evidencia. Se numa primeira fase a ação do poder local quer corresponder no sentido de satisfazer as necessidades básicas e à melhoria das condições de vida das populações, hoje quer assumir-se como dinamizador dos agentes sociais, utilizando os recursos disponíveis.
As autarquias são o bode expiatório do défice financeiro e o alvo de todas as críticas. As reformas, necessárias, todos nós concordamos, apenas têm como preocupação as questões contabilísticas, esquecendo as pessoas.
Todos nós sabemos que é preciso fazer mais e melhor, nomeadamente alocar os recursos de forma a permitir o desenvolvimento de uma base produtiva sustentável que permita alavancar a economia e o desenvolvimento social.
Temos o desafio de nos superarmos todos os dias. Criando, inovando. Fazendo no quotidiano um novo Abril. Nas pequenas e nas coisas maiores.
Dizemos presente na vida das pessoas, das famílias e das empresas.
VALE A PENA CELEBRAR ABRIL!
Apesar dos atropelos aos ideais, valores e conquistas de Abril, vale a pena continuar a comemorar e assinalar a primavera de 74. Para não perdermos o rumo. Para lembrar o que éramos, o que passámos a ser, mas, essencialmente, para dizermos o que queremos ser.
Com Abril conquistámos a democracia, ganhámos a liberdade e é a liberdade que queremos preservar, como sinónimo de vontade, de compromisso e despojamento.
Sinónimos que cada um de nós tem de aprender para dar sentido à sua vida individual e coletiva.
É de futuro que falamos quando celebramos Abril.
O futuro precisa de cada um de nós.
O futuro conta connosco. Juntos, solidários e livres.
Viva a população do concelho de Salvaterra de Magos!
Viva Portugal, viva o concelho de Salvaterra de Magos, viva Abril, sempre!