Exigimos a redução imediata do preço dos transportes no distrito

O Bloco de Esquerda exige a redução imediata do preço dos transportes no distrito, através do empenho que as Comunidades Intermunicipais devem colocar na negociação com os operadores de transporte da redução dos preços dos passes. A utilização do Fundo Ambiental não deve ficar inquinada pela distribuição efetuada pelo governo, visto que muitos milhares de cidadãos deste distrito, nomeadamente de Tomar, Entroncamento, Santarém ou Salvaterra de Magos, têm a necessidade de utilizar diariamente transportes públicos, o que representa uma penalização financeiras dramática para as famílias.

Foi publicada o Despacho conjunto dos Ministérios das Finanças e do Ambiente (Despacho n.º 1234-A/2019) sobre a aplicação do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes público,

Dos 104 milhões do Fundo Ambiental para este programa, apenas couberam à Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo893 mil de euros e à CIM da Lezíria do Tejo um milhão e 66 mil euros. Para Lisboa e Porto vão mais de 88 milhões de euros.

O objetivo destas verbas é que cada CIM negoceie com os respetivos operadores de transporte a redução do preço dos passes.

Até ao dia 15 de março de 2019 as autarquias têm de remeter ao Governo (Fundo Ambiental) o plano de aplicação daquelas verbas para a redução tarifária nos transportes. Esta é a condição para que possa entrar em vigor a partir do próximo mês de abril em cada um dos municípios.

As autarquias (CIM) devem empenhar todos os esforços e a maior celeridade possível na definição do plano de redução do preço dos passes para que o prazo do dia 15 de março seja cumprido.

No entanto, considera o Bloco que é essencial iniciar de imediato negociações entre as CIM do Médio Tejo, da Lezíria do Tejo e a Área Metropolitana de lisboa (AML) para que os utentes de transportes públicos que nas suas deslocações pendulares atravessem territórios de várias CIM e a AML sejam abrangidos na totalidade pela redução tarifária e não fiquem apenas abrangidos pela redução correspondente à CIM onde residem.

Quem se desloca, por exemplo, de Tomar, Entroncamento, Santarém ou Salvaterra de Magos, deve ter um passe com redução tarifária que contemple todo o percurso, apesar de atravessar territórios de CIM’s diferentes. São milhares de pessoas do distrito de Santarém que vão diariamente trabalhar para a Grande Lisboa.

No plano de redução tarifária a apresentar pelas autarquias, deve estar contemplada a criação de um “passe família” que integre todo o agregado familiar, para que não se pague mais do que 2 passes por família e haja gratuitidade para idosos e desempregados.

A par destas medidas de redução tarifária, o plano tem de incorporar um projeto para a melhoria dos transportes públicos e o alargamento da rede.

A redução do tarifário e a extensão e aumento de qualidade da oferta deste serviço é um contributo importante para que o transporte público seja mais atrativo do que a utilização do transporte individual, contribuindo para a diminuição das emissões de CO2 e o combate às alterações climáticas.

A redução do peso da despesa em transportes é igualmente muito importante para as famílias. Torna-se incompreensível e injusto que para se deslocarem para o trabalho tenham de suportar tão elevado encargo, para além do tempo perdido nos transportes.