Malabarismos partidários nos Censos2021 no concelho de Salvaterra de Magos

O Bloco de Esquerda está preocupado com a forma e os critérios, no mínimo estranhos, usados para a seleção dos recenseadores dos censos deste ano. Como se percebe, as escolhas, que são públicas e têm uma conotação excessivamente política, o que é de lamentar e de preocupar os cidadãos do nosso concelho, pois ficamos sem saber sé é procedimento habitual nas opções de quem lidera os órgão autárquicos deste concelho. As mesmas questões serão colocadas nas Assembleias de Freguesia, para que este tipo de “apadrinhamento” não fique impune.

A intervenção completa do Vereador Luís Gomes na reunião de câmara:

Congratulamo-nos pelos censos, que é a maior operação estatística do país e salientamos o papel que os Municípios têm para que se consiga um bom funcionamento desta megaoperação nacional.

Sabemos que é à Câmara Municipal que compete a organização, coordenação e controlo das tarefas de recenseamento, a qual deve executar em estreita articulação com o INE, IP (conforme artigo 9º). Também sabemos que as freguesias coadjuvam os municípios nesta tarefa, nomeadamente na gestão de recursos humanos.

Gostaríamos Sr. Presidente de perceber quais foram os critérios para a seleção dos recenseadores? Como deve perceber as escolhas são públicas e estão demasiadamente conotadas politicamente, o que é de lamentar.

Não percebemos, por exemplo, casos de contactos com recenseadores por telefone, pouco antes do início da operação, quando estes já tinham os códigos do INE para iniciar a tarefa de recenseamento a que se tinham propostos, e lhe são comunicados que não tem condições para desempenhar o cargo sem qualquer comprovação de facto.

Perguntamos se tal é do conhecimento do Sr. Presidente? já que as Juntas de Freguesia e Uniões de Freguesia trabalham em articulação com o Município e o INE.

Que critério foi usado para excluir uns candidatos em detrimento de outros Sr. Presidente? Pode esclarecer-nos?