Pesca com contornos duvidosos

O Bloco de Esquerda colocou ao Presidente uma série de questões que visam esclarecer os contornos menos claros do apoio concedido pelo município ao Clube Amador de Pesca da Glória do Ribatejo. A ausência de prestação de contas e de realização de assembleias gerais de associados, bem como a aparente ausência de cumprimento de alguns normativos legais, nomeadamente relativamente à legalidade de investimentos públicos realizados pelo município, demonstram a gravidade desta situação.

O Vereador Luís Gomes pressionou o Presidente a clarificar estas questões:

Sr. Presidente no seguimento das perguntas e dúvidas colocadas na reunião da câmara anterior sobre as suspeitas de ilegalidade no apoio do município de Salvaterra de Magos nas obras e aquisição de bens para a sede do Clube Amador de Pesca de Glória, gostaríamos de colocar um novo conjunto de perguntas de forma a esclarecer o referido apoio.

  • Antes de conceder apoio ao Clube Amador de Pesca o Presidente tinha consciência que há mais de um ano que não se faziam Assembleias Gerais de esclarecimento aos associados, assim como de prestação de contas e das suas atividades?
  • O Presidente não foi alertado para estes factos? E o vereador Noel Caneira também não?
  • É normal o município apoiar as coletividades sem confirmar do cumprimento dos seus próprios estatutos e do respeito elementar junto dos seus associados?
  • O Clube em causa cumpre com as exigências legais a que está obrigado e que advém da lei geral de apoio ao associativismo? Cumpre o regulamento municipal de apoio ao associativismo?
  • Sabe quantos sócios pediram a demissão do clube por causa desta problemática?
  • O Presidente leu o contrato que o proprietário do imóvel e tesoureiro do clube fez com a coletividade? Considera esse procedimento normal?
  • Não considera que os apoios do município ao Clube para obras estruturais cabem na responsabilidade do proprietário e não de quem é arrendatário?

Não considera que estamos perante um investimento público e que poderá a curto prazo beneficiar a esfera privada?